Presidência
da República |
DECRETO Nº 5.123, DE 1º DE JULHO DE 2004.
Revogado pelo Decreto nº 9.785, de 2019. |
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso
IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 10.826, de
22 de dezembro de 2003,
DECRETA:
CAPÍTULO I
DOS SISTEMAS DE CONTROLE DE ARMAS DE FOGO
Art. 1o O Sistema Nacional de Armas - SINARM,
instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, com
circunscrição em todo o território nacional e competência estabelecida pelo caput
e incisos do art. 2o da
Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, tem por finalidade manter
cadastro geral, integrado e permanente das armas de fogo importadas, produzidas e vendidas
no país, de competência do SINARM, e o controle dos registros dessas armas.
§ 1o Serão cadastradas no SINARM:
I - as armas de fogo institucionais, constantes de registros próprios:
a) da
Polícia Federal;
b) da Polícia Rodoviária Federal;
c) das Polícias Civis;
d) dos órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, referidos nos
arts. 51, inciso IV, e 52,
inciso XIII da Constituição;
e) dos integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, dos
integrantes das escoltas de presos e das Guardas Portuárias;
f) das Guardas Municipais; e
g) dos órgãos públicos não mencionados nas alíneas anteriores, cujos servidores
tenham autorização legal para portar arma de fogo em serviço, em razão das atividades
que desempenhem, nos termos do caput do art. 6o da Lei no
10.826, de 2003.
II - as armas de fogo apreendidas, que não constem dos cadastros do SINARM ou
Sistema de Gerenciamento Militar de Armas - SIGMA, inclusive as vinculadas a procedimentos
policiais e judiciais, mediante comunicação das autoridades competentes à Polícia
Federal;
III - as armas de fogo de uso restrito dos integrantes dos órgãos,
instituições e corporações mencionados no
inciso II do art. 6o da
Lei no 10.826, de 2003; e
IV - as armas de fogo de uso restrito, salvo aquelas mencionadas no inciso II,
do §1o, do art. 2o deste Decreto.
§ 2o Serão registradas na Polícia Federal e
cadastradas no SINARM:
I - as armas de fogo adquiridas pelo cidadão com atendimento aos requisitos do art. 4o da Lei no
10.826, de 2003;
II - as armas de fogo das empresas de segurança privada e de transporte de
valores; e
III - as armas de fogo de uso permitido dos integrantes dos órgãos,
instituições e corporações mencionados no inciso II do art. 6o da Lei no
10.826, de 2003.
§ 3o A apreensão das armas de fogo a que se refere o
inciso II do §1o deste artigo deverá ser imediatamente comunicada à
Policia Federal, pela autoridade competente, podendo ser recolhidas aos depósitos do
Comando do Exército, para guarda, a critério da mesma autoridade.
§ 4o O cadastramento das armas de fogo de que trata o inciso I do § 1o observará as especificações e os procedimentos estabelecidos pelo Departamento de Polícia Federal. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 2o O SIGMA, instituído no Ministério da Defesa,
no âmbito do Comando do Exército, com circunscrição em todo o território nacional,
tem por finalidade manter cadastro geral, permanente e integrado das armas de fogo
importadas, produzidas e vendidas no país, de competência do SIGMA, e das armas de fogo
que constem dos registros próprios.
§ 1o Serão cadastradas no SIGMA:
I - as armas de fogo institucionais, de porte e portáteis, constantes de
registros próprios:
a) das Forças Armadas;
b) das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares;
c) da Agência Brasileira de Inteligência; e
d) do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
II - as armas de fogo dos integrantes das Forças Armadas, da Agência
Brasileira de Inteligência e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
República, constantes de registros próprios;
III - as informações relativas às exportações de armas de fogo, munições
e demais produtos controlados, devendo o Comando do Exército manter sua atualização;
IV - as armas de fogo importadas ou adquiridas no país para fins de testes e
avaliação técnica; e
V - as armas de fogo obsoletas.
§ 2o Serão registradas no Comando do Exército e cadastradas no
SIGMA:
I - as armas de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores; e
II - as armas de fogo das representações diplomáticas.
Art. 3o Entende-se por registros próprios, para os fins
deste Decreto, os feitos pelas instituições, órgãos e corporações em documentos
oficiais de caráter permanente.
Art. 4o A aquisição de armas de fogo, diretamente da
fábrica, será precedida de autorização do Comando do Exército.
Art. 5o Os dados necessários ao cadastro mediante
registro, a que se refere o inciso IX do
art. 2o da Lei no 10.826, de 2003, serão
fornecidos ao SINARM pelo Comando do Exército.
Art. 6o Os dados necessários ao cadastro da
identificação do cano da arma, das características das impressões de raiamento e
microestriamento de projetil disparado, a marca do percutor e extrator no estojo do
cartucho deflagrado pela arma de que trata o inciso X do art. 2o da Lei no
10.826, de 2003, serão disciplinados em norma específica da Polícia Federal, ouvido
o Comando do Exército, cabendo às fábricas de armas de fogo o envio das informações
necessárias ao órgão responsável da Polícia Federal.
Parágrafo único. A norma específica de que trata este artigo será
expedida no prazo de cento e oitenta dias.
Art. 7o As fábricas de armas de fogo fornecerão à
Polícia Federal, para fins de cadastro, quando da saída do estoque, relação das armas
produzidas, que devam constar do SINARM, na conformidade do art. 2o da Lei no
10.826, de 2003, com suas características e os dados dos adquirentes.
Art. 8o As empresas autorizadas a comercializar armas de
fogo encaminharão à Polícia Federal, quarenta e oito horas após a efetivação da
venda, os dados que identifiquem a arma e o comprador.
Art. 9o Os dados do SINARM e do SIGMA serão
interligados e compartilhados no prazo máximo de um ano.
Parágrafo único. Os Ministros da Justiça e da Defesa estabelecerão no
prazo máximo de um ano os níveis de acesso aos cadastros mencionados no caput.
CAPÍTULO II
DA ARMA DE FOGO
Seção I
Das Definições
Art. 10. Arma de fogo de uso permitido é aquela cuja utilização é
autorizada a pessoas físicas, bem como a pessoas jurídicas, de acordo com as normas do
Comando do Exército e nas condições previstas na Lei no 10.826, de 2003.
Art. 11. Arma de fogo de uso restrito é aquela de uso exclusivo das
Forças Armadas, de instituições de segurança pública e de pessoas físicas e
jurídicas habilitadas, devidamente autorizadas pelo Comando do Exército, de acordo com
legislação específica.
Seção II
Da Aquisição e do Registro da Arma de Fogo
de Uso Permitido
Art. 12. Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá:
I - declarar efetiva necessidade;
II - ter, no mínimo, vinte e cinco anos;
III - apresentar cópia autenticada da carteira de identidade;
III - apresentar original e
cópia, ou cópia autenticada, de documento de identificação pessoal;
(Redação
dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
IV - comprovar no pedido de aquisição e em cada renovação do registro,
idoneidade e inexistência de inquérito policial ou processo criminal, por meio de
certidões de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e
Eleitoral;
IV - comprovar, em seu pedido de aquisição e em cada renovação do Certificado de Registro de Arma de Fogo, idoneidade e inexistência de inquérito policial ou processo criminal, por meio de certidões de antecedentes criminais da Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral, que poderão ser fornecidas por meio eletrônico; (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
IV - comprovar, em seu pedido de aquisição do Certificado de Registro de Arma de Fogo e periodicamente, a idoneidade e a inexistência de inquérito policial ou processo criminal, por meio de certidões de antecedentes criminais da Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral, que poderão ser fornecidas por meio eletrônico; (Redação dada pelo Decreto nº 8.935, de 2016)
V - apresentar documento comprobatório de ocupação lícita e de residência
certa;
VI - comprovar, em seu pedido de aquisição e em cada renovação de registro,
a capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo atestada por empresa de instrução
de tiro registrada no Comando do Exército por instrutor de armamento e tiro das Forças
Armadas, das Forças Auxiliares ou do quadro da Polícia Federal, ou por esta habilitado;
e
VI - comprovar, em seu pedido de aquisição e em cada renovação do Certificado de
Registro de Arma de Fogo, a capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo;
(Redação dada pelo
Decreto nº 6.715, de 2008).
VI - comprovar, em seu pedido de aquisição do
Certificado de Registro de Arma de Fogo e periodicamente, a capacidade
técnica para o manuseio de arma de fogo; e
(Redação dada pelo
Decreto nº 8.935, de 2016)
VII - comprovar aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestada
em laudo conclusivo fornecido por psicólogo do quadro da Polícia Federal ou por esta
credenciado.
VIII - na hipótese de residência habitada também por
criança, adolescente ou pessoa com deficiência mental, apresentar declaração de
que a sua residência possui cofre ou local seguro com tranca para armazenamento.
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
§ 1o A declaração de que trata o inciso I do caput
deverá explicitar, no pedido de aquisição e em cada renovação do registro, os fatos e
circunstâncias justificadoras do pedido, que serão examinados pelo órgão competente
segundo as orientações a serem expedidas em ato próprio.
§ 1o A declaração de que trata o inciso I do caput deverá explicitar os fatos e circunstâncias justificadoras do pedido, que serão examinados pela Polícia Federal segundo as orientações a serem expedidas pelo Ministério da Justiça. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 1º Presume-se a veracidade dos fatos e das
circunstâncias afirmadas na declaração de efetiva necessidade a que se refere o
inciso I do caput, a qual será examinada pela Polícia Federal nos termos
deste artigo.
(Redação dada pelo Decreto nº 9.685, de 2019) (Vide
ADI 6119)
§ 2o O indeferimento do pedido deverá ser fundamentado
e comunicado ao interessado em documento próprio.
§ 3o O comprovante de capacitação técnica mencionado
no inciso VI do caput deverá ser expedido por empresa de instrução de tiro
registrada no Comando do Exército, por instrutor de armamento e tiro das Forças Armadas,
das Forças Auxiliares, ou do quadro da Polícia Federal ou por esta credenciado e deverá
atestar, necessariamente:
§ 3o O comprovante de capacitação técnica, de que trata o inciso VI do caput, deverá ser expedido por instrutor de armamento e tiro credenciado pela Polícia Federal e deverá atestar, necessariamente: (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
I - conhecimento da conceituação e normas de segurança pertinentes à arma de
fogo;
II - conhecimento básico dos componentes e partes da arma de fogo; e
III - habilidade do uso da arma de fogo demonstrada, pelo interessado, em
estande de tiro credenciado pelo Comando do Exército.
§ 4o Após a apresentação dos documentos referidos
nos incisos III a VII do caput, havendo manifestação favorável do órgão
competente mencionada no §1o, será expedida, pelo SINARM, no prazo
máximo de trinta dias, em nome do interessado, a autorização para a aquisição da arma
de fogo indicada.
§ 5o É intransferível a autorização para a
aquisição da arma de fogo, de que trata o §4o deste artigo.
§ 6o Está dispensado da comprovação dos requisitos a que se referem os incisos VI e VII do caput o interessado em adquirir arma de fogo de uso permitido que comprove estar autorizado a portar arma da mesma espécie daquela a ser adquirida, desde que o porte de arma de fogo esteja válido e o interessado tenha se submetido a avaliações em período não superior a um ano, contado do pedido de aquisição. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 7º Para a aquisição de armas de fogo de uso permitido,
considera-se presente a efetiva necessidade nas seguintes hipóteses:
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
I - agentes públicos, inclusive os inativos:
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
a) da área de segurança pública;
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
b) integrantes das carreiras da Agência Brasileira de Inteligência;
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
c) da administração penitenciária;
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
d) do sistema socioeducativo, desde que lotados nas unidades de internação a que
se refere o inciso VI do caput do art. 112 da Lei nº 8.069, de 13 de
julho de 1990; e
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
e) envolvidos no exercício de atividades de poder de polícia administrativa ou
de correição em caráter permanente;
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
II - militares ativos e inativos;
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
III -
residentes em área rural;
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
IV -
residentes em áreas urbanas com elevados índices de violência, assim
consideradas aquelas localizadas em unidades federativas com índices anuais de
mais de dez homicídios por cem mil habitantes, no ano de 2016, conforme os dados
do Atlas da Violência 2018, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública;
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019) (Vide
ADI 6119)
V - titulares
ou responsáveis legais de estabelecimentos comerciais ou industriais; e
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
VI -
colecionadores, atiradores e caçadores, devidamente registrados no Comando do
Exército.
(Incluído pelo Decreto nº 9.685, de 2019)
§ 8º O
disposto no § 7º se aplica para a aquisição de até quatro armas de fogo de uso
permitido e não exclui a caracterização da efetiva necessidade se presentes
outros fatos e circunstâncias que a justifiquem, inclusive para a aquisição de
armas de fogo de uso permitido em quantidade superior a esse limite, conforme
legislação vigente.
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
§ 9º
Constituem razões para o indeferimento do pedido ou para o cancelamento do
registro:
(Incluído pelo Decreto nº 9.685, de 2019)
I - a
ausência dos requisitos a que se referem os incisos I a VII do caput; e
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
II - quando
houver comprovação de que o requerente:
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
a) prestou a
declaração de efetiva necessidade com afirmações falsas;
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
b) mantém
vínculo com grupos criminosos; e
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
c) age como
pessoa interposta de quem não preenche os requisitos a que se referem os incisos
I a VII do caput.
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
§ 10. A
inobservância do disposto no inciso VIII do caput sujeitará o interessado
à pena prevista no art. 13 da Lei nº 10.826, de 2003.
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
Art. 13. A transferência de propriedade da arma de fogo, por qualquer das
formas em direito admitidas, entre particulares, sejam pessoas físicas ou jurídicas,
estará sujeita à prévia autorização da Polícia Federal, aplicando-se ao interessado
na aquisição as disposições do art. 12 deste Decreto.
Parágrafo único. A transferência de arma de fogo registrada no Comando
do Exército será autorizada pela instituição e cadastrada no SIGMA.
Art. 14. É obrigatório o registro da arma de fogo, no SINARM ou no
SIGMA, excetuadas as obsoletas.
Art. 15. O registro da arma de fogo de uso permitido deverá conter, no
mínimo, os seguintes dados:
I - do interessado:
a) nome, filiação, data e local de nascimento;
b) endereço residencial;
c) endereço da empresa ou órgão em que trabalhe;
d) profissão;
e) número da cédula de identidade, data da expedição, órgão expedidor e Unidade
da Federação; e
f) número do Cadastro de Pessoa Física - CPF ou Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica - CNPJ;
II - da arma:
a) número do cadastro no SINARM;
b) identificação do fabricante e do vendedor;
c) número e data da nota Fiscal de venda;
d) espécie, marca, modelo e número de série;
e) calibre e capacidade de cartuchos;
f) tipo de funcionamento;
g) quantidade de canos e comprimento;
h) tipo de alma (lisa ou raiada);
i) quantidade de raias e sentido; e
j) número de série gravado no cano da arma.
Parágrafo único. Os dados de que tratam o inciso I e a
alínea “b” do inciso II do caput serão substituídos pelo número de
matrícula funcional, na hipótese em que o cadastro no SIGMA ou no SINARM estiver
relacionado com armas de fogo pertencentes a integrantes da Agência Brasileira
de Inteligência.
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
Art. 16. O Certificado de Registro de Arma de Fogo expedido pela Polícia
Federal, após autorização do SINARM, com validade em todo o território nacional,
autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua
residência ou dependência desta, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele
o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa.
Art. 16. O Certificado de Registro de Arma de Fogo expedido
pela Polícia Federal, precedido de cadastro no SINARM, tem validade em todo o território
nacional e autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no
interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda, no seu local de
trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo
estabelecimento ou empresa.
(Redação dada pelo
Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 1o Para os efeitos do disposto no caput deste
artigo considerar-se-á titular do estabelecimento ou empresa todo aquele assim definido
em contrato social, e responsável legal o designado em contrato individual de trabalho,
com poderes de gerência.
§ 2o Os requisitos de que tratam os incisos IV, V, VI e
VII do art. 12 deste Decreto deverão ser comprovados, periodicamente, a cada três anos,
junto à Polícia Federal, para fins de renovação do Certificado de Registro.
§ 2º
Os requisitos de que tratam os incisos IV, V e VII do art. 12
deverão ser comprovados, periodicamente, a cada cinco anos, junto à Polícia
Federal, para fins de renovação do Certificado de Registro.
(Redação dada pelo
Decreto nº 8.935, de 2016)
§ 2º Os requisitos de que tratam os incisos IV, V, VI e
VII do caput do art. 12 deverão ser comprovados, periodicamente, a cada
dez anos, junto à Polícia Federal, para fins de renovação do Certificado de
Registro.
(Redação dada pelo Decreto nº 9.685, de 2019)
§ 2º-A. O requisito de que trata o inciso
VI do art. 12 deverá ser comprovado, periodicamente, a cada duas renovações,
junto à Polícia Federal.
(Incluído pelo
Decreto nº 8.935, de 2016)
(Revogado pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
§ 3º O
requisito de que trata o inciso IV do caput do art. 12 deste
Decreto deverá ser comprovado pelos sócios proprietários e diretores,
periodicamente, a cada três anos, junto à Polícia Federal, para fins de
renovação do certificado de registro de arma de fogo das empresas de segurança
privada e de transporte de valores. (Incluído
pelo Decreto nº 6.146, de 2007)
(Revogado pelo
Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 4o O disposto no § 2o
não se aplica, para a aquisição e renovação do Certificado de Registro de Arma
de Fogo, aos integrantes dos órgãos, instituições e corporações, mencionados
nos incisos I e II do caput do art. 6o da Lei no
10.826, de 2003.
(Incluído pelo
Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 4º O disposto nos § 2º e § 2º-A
não se aplica, para a aquisição e a renovação do Certificado de Registro de
Arma de Fogo, aos integrantes dos órgãos, das instituições e das
corporações, mencionados nos incisos I e II do caput do art. 6º
da Lei nº 10.826, de 2003.
(Redação
dada pelo Decreto nº 8.935, de 2016)
Art. 17. O proprietário de arma de fogo é obrigado a comunicar,
imediatamente, à Unidade Policial local, o extravio, furto ou roubo de arma de fogo ou do
seu documento de registro, bem como a sua recuperação.
Art. 17. O proprietário de arma de fogo é obrigado a comunicar, imediatamente, à unidade policial local, o extravio, furto ou roubo de arma de fogo ou do Certificado de Registro de Arma de Fogo, bem como a sua recuperação. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 1o A Unidade Policial deverá, em quarenta e oito
horas, remeter as informações coletadas à Polícia Federal, para fins de registro no
SINARM.
§ 1o A unidade policial deverá, em quarenta e oito horas, remeter as informações coletadas à Polícia Federal, para fins de cadastro no SINARM. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 2o No caso de arma de fogo de uso restrito, a
Polícia Federal deverá repassar as informações ao Comando do Exército, para registro
no SIGMA.
§ 2o No caso de arma de fogo de uso restrito, a Polícia Federal repassará as informações ao Comando do Exército, para fins de cadastro no SIGMA. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 3o Nos casos previstos no caput, o
proprietário deverá, também, comunicar o ocorrido à Polícia Federal ou ao Comando do
Exército, encaminhando, se for o caso, cópia do Boletim de Ocorrência.
Seção III
Da Aquisição e Registro da Arma de Fogo de
Uso Restrito
Art. 18. Compete ao Comando do Exército autorizar a aquisição e
registrar as armas de fogo de uso restrito.
§ 1o As armas de que trata o caput serão
cadastradas no SIGMA e no SINARM, conforme o caso.
§ 2o O registro de arma de fogo de uso restrito, de que
trata o caput deste artigo, deverá conter as seguintes informações:
a) nome, filiação, data e local de nascimento;
c) endereço da empresa ou órgão em que trabalhe;
e) número da cédula de identidade, data da expedição, órgão expedidor e Unidade
da Federação; e
f) número do Cadastro de Pessoa Física - CPF ou Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica - CNPJ;
a) número do cadastro no SINARM;
b) identificação do fabricante e do vendedor;
c) número e data da nota Fiscal de venda;
d) espécie, marca, modelo e número de série;
e) calibre e capacidade de cartuchos;
g) quantidade de canos e comprimento;
h) tipo de alma (lisa ou raiada);
i) quantidade de raias e sentido; e
j) número de série gravado no cano da arma.
§ 3o Os requisitos de que tratam os incisos IV, V, VI e
VII do art. 12 deste Decreto deverão ser comprovados periodicamente, a cada três anos,
junto ao Comando do Exército, para fins de renovação do Certificado de Registro.
§ 3º Os requisitos de que tratam os incisos IV, V, VI e
VII do caput do art. 12 deverão ser comprovados, periodicamente, a cada
dez anos, junto ao Comando do Exército, para fins de renovação do Certificado de
Registro.
(Redação dada pelo Decreto nº 9.685, de 2019)
§ 4o Não se aplica aos integrantes dos órgãos,
instituições e corporações mencionados nos incisos I e II do art. 6o
da Lei no 10.826, de 2003, o disposto no § 3o
deste artigo.
§ 5º Os dados de que tratam o inciso I e a alínea “b” do
inciso II do § 2º serão substituídos pelo número de matrícula funcional, na
hipótese em que o cadastro no SIGMA ou no SINARM estiver relacionado com armas
de fogo pertencentes a integrantes da Agência Brasileira de Inteligência.
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
Seção IV
Do Comércio Especializado de Armas de Fogo
e Munições
Art. 19. É proibida a venda de armas de fogo, munições e demais
produtos controlados, de uso restrito, no comércio.
Art. 20. O estabelecimento que comercializar arma de fogo de uso permitido
em território nacional é obrigado a comunicar ao SINARM, mensalmente, as vendas que
efetuar e a quantidade de armas em estoque, respondendo legalmente por essas mercadorias,
que ficarão registradas como de sua propriedade, de forma precária, enquanto não forem
vendidas, sujeitos seus responsáveis às penas prevista na lei.
Art. 20. O estabelecimento que comercializar arma de fogo de uso permitido em território nacional é obrigado a comunicar à Polícia Federal, mensalmente, as vendas que efetuar e a quantidade de armas em estoque, respondendo legalmente por essas mercadorias, que ficarão registradas como de sua propriedade, de forma precária, enquanto não forem vendidas, sujeitos seus responsáveis às penas previstas em lei. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 21. A comercialização de acessórios de armas de fogo e de
munições, incluídos estojos, espoletas, pólvora e projéteis, só poderá ser efetuada
em estabelecimento credenciado pela Polícia Federal e pelo comando do Exército que
manterão um cadastro dos comerciantes.
§ 1o Quando se tratar de munição industrializada, a
venda ficará condicionada à apresentação pelo adquirente, do Certificado de Registro
de Arma de Fogo válido, e ficará restrita ao calibre correspondente à arma registrada.
§ 2o Os
acessórios e a quantidade de munição que cada proprietário de arma de fogo
poderá adquirir serão fixados em Portaria do Ministério da Defesa, ouvido o
Ministério da Justiça.
§ 3o O estabelecimento mencionado no caput deste
artigo deverá manter à disposição da Polícia Federal e do Comando do Exército os
estoques e a relação das vendas efetuadas mensalmente, pelo prazo de cinco anos.
CAPÍTULO III
DO PORTE E DO TRÂNSITO DA ARMA DE FOGO
Seção I
Do Porte
Art. 22. O Porte de Arma de Fogo de uso permitido, vinculado ao prévio
cadastro e registro da arma pelo SINARM, será expedido pela Polícia Federal, em todo o
território nacional, em caráter excepcional, desde que atendidos os requisitos previstos
nos incisos I, II e III do §1o
do art. 10 da Lei no 10.826, de 2003.
Art. 22. O Porte de Arma de Fogo de uso permitido, vinculado ao prévio registro da arma e ao cadastro no SINARM, será expedido pela Polícia Federal, em todo o território nacional, em caráter excepcional, desde que atendidos os requisitos previstos nos incisos I, II e III do § 1o do art. 10 da Lei no 10.826, de 2003. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Parágrafo único. A taxa estipulada para o Porte de Arma de Fogo somente
será recolhida após a análise e a aprovação dos documentos apresentados.
Art. 23. O Porte de Arma de Fogo é documento obrigatório para a
condução da arma e deverá conter os seguintes dados:
III - características da arma;
IV - número do registro da arma no SINARM ou SIGMA;
IV - número do cadastro da arma no SINARM; (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
V - identificação do proprietário da arma; e
VI - assinatura, cargo e função da autoridade concedente.
Art. 24. O Porte de Arma de Fogo é pessoal, intransferível e revogável
a qualquer tempo, sendo válido apenas com a apresentação do documento de identidade do
portador.
Art. 24. O Porte de Arma de Fogo é pessoal, intransferível
e revogável a qualquer tempo, sendo válido apenas com relação à arma nele
especificada e com a apresentação do documento de identificação do portador.
(Redação dada pelo
Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 24-A. Para portar a arma de fogo adquirida nos termos do § 6o do art. 12, o proprietário deverá solicitar a expedição do respectivo documento de porte, que observará o disposto no art. 23 e terá a mesma validade do documento referente à primeira arma. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 25. O titular do Porte de Arma de Fogo deverá comunicar
imediatamente:
I - a mudança de domicílio, ao órgão expedidor do Porte de Arma de Fogo; e
II - o extravio, furto ou roubo da arma de fogo, à Unidade Policial mais
próxima e, posteriormente, à Polícia Federal.
Parágrafo único. A inobservância do disposto neste artigo implicará na
suspensão do Porte de Arma de Fogo, por prazo a ser estipulado pela autoridade
concedente.
Art. 26. O titular de Porte de Arma de Fogo não poderá conduzi-la
ostensivamente ou com ela adentrar ou permanecer em locais públicos, tais como igrejas,
escolas, estádios desportivos, clubes ou outros locais onde haja aglomeração de
pessoas, em virtude de eventos de qualquer natureza.
Art. 26. O titular de porte de arma de fogo para defesa pessoal concedido nos termos do art. 10 da Lei nº 10.826, de 2003, não poderá conduzi-la ostensivamente ou com ela adentrar ou permanecer em locais públicos, tais como igrejas, escolas, estádios desportivos, clubes ou outros locais onde haja aglomeração de pessoas, em virtude de eventos de qualquer natureza. (Redação dada pelo Decreto nº 6.146, de 2007
Art. 26. O titular de porte de arma de fogo
para defesa pessoal concedido nos termos do
art. 10 da Lei no
10.826, de 2003, não poderá conduzi-la ostensivamente ou com ela adentrar ou
permanecer em locais públicos, tais como igrejas, escolas, estádios desportivos,
clubes, agências bancárias ou outros locais onde haja aglomeração de pessoas em
virtude de eventos de qualquer natureza.
(Redação dada pelo
Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 1o A inobservância do disposto neste artigo
implicará na cassação do Porte de Arma de Fogo e na apreensão da arma, pela autoridade
competente, que adotará as medidas legais pertinentes.
§ 2o Aplica-se o disposto no §1o
deste artigo, quando o titular do Porte de Arma de Fogo esteja portando o armamento em
estado de embriaguez ou sob o efeito de drogas ou medicamentos que provoquem alteração
do desempenho intelectual ou motor.
Art. 27. Será concedido pela Polícia Federal, nos termos do § 5o do art. 6o
da Lei no 10.826, de 2003, o Porte de Arma de Fogo, na categoria
"caçador de subsistência", de uma arma portátil, de uso permitido, de tiro
simples, com um ou dois canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16, desde que
o interessado comprove a efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão ser anexados
os seguintes documentos:
I - certidão comprobatória de residência em área rural, a ser expedida por
órgão municipal;
I - documento comprobatório de residência em área rural ou certidão equivalente expedida por órgão municipal; (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
II - cópia autenticada da carteira de identidade; e
II - original e cópia, ou cópia autenticada, do documento de identificação pessoal; e (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
III - atestado de bons antecedentes.
Parágrafo único. Aplicam-se ao portador do Porte de Arma de Fogo
mencionado neste artigo as demais obrigações estabelecidas neste Decreto.
Art. 28. O proprietário de arma de fogo de uso permitido registrada, em
caso de mudança de domicílio, ou outra situação que implique no transporte da arma,
deverá solicitar à Polícia Federal a expedição de Porte de Trânsito, nos termos
estabelecidos em norma própria.
Art. 28. O proprietário de arma de fogo de uso permitido registrada, em caso de mudança de domicílio ou outra situação que implique o transporte da arma, deverá solicitar guia de trânsito à Polícia Federal para as armas de fogo cadastradas no SINARM, na forma estabelecida pelo Departamento de Polícia Federal. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 29. Observado o princípio da reciprocidade previsto em convenções
internacionais, poderá ser autorizado o Porte de Arma de Fogo pela Polícia Federal, a
diplomatas de missões diplomáticas e consulares acreditadas junto ao Governo Brasileiro,
e a agentes de segurança de dignitários estrangeiros durante a permanência no país,
independentemente dos requisitos estabelecidos neste Decreto.
Art. 29-A. Caberá ao Departamento de Polícia Federal estabelecer os procedimentos relativos à concessão e renovação do Porte de Arma de Fogo. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Seção II
Dos Atiradores, Caçadores e Colecionadores
Subseção I
Da Prática de Tiro Desportivo
Art. 30. As agremiações esportivas e as empresas de instrução de tiro,
os colecionadores, atiradores e caçadores serão registrados no Comando do Exército, ao
qual caberá estabelecer normas e verificar o cumprimento das condições de segurança
dos depósitos das armas de fogo, munições e equipamentos de recarga.
§ 1o As armas pertencentes às entidades mencionadas no
caput e seus integrantes terão autorização para porte de trânsito (guia de
tráfego) a ser expedida pelo Comando do Exército.
§ 2o A prática de tiro desportivo por menores de
dezoito anos deverá ser autorizada judicialmente e deve restringir-se aos locais
autorizados pelo Comando do Exército, utilizando arma da agremiação ou do responsável
quando por este acompanhado.
(Vide ADI 6675)
(Vide ADIN 6676)
(Vide ADI 6677)
(Vide ADI 6680)
(Vide
ADI 6695)
§ 3o A prática de tiro desportivo por maiores de
dezoito anos e menores de vinte e cinco anos pode ser feita utilizando arma de sua
propriedade, registrada com amparo na Lei no
9.437, de 20 de fevereiro de 1997, de agremiação ou arma registrada e cedida por
outro desportista.
§ 4o As entidades de tiro desportivo e
as empresas de instrução de tiro poderão fornecer a seus associados e clientes,
desde que obtida autorização específica e obedecidas as condições e requisitos
estabelecidos em ato do Comando do Exército, munição recarregada para uso
exclusivo nas dependências da instituição em provas, cursos e treinamento.
(Incluído pelo
Decreto nº 9.685, de 2019)
Art. 31. A entrada de arma de fogo e munição no país, como bagagem de atletas,
para competições internacionais será autorizada pelo Comando do Exército.
§ 1o O Porte de Trânsito das armas a serem utilizadas
por delegações estrangeiras em competição oficial de tiro no país será expedido pelo
Comando do Exército.
§ 2o Os responsáveis e os integrantes pelas
delegações estrangeiras e brasileiras em competição oficial de tiro no país
transportarão suas armas desmuniciadas.
Subseção II
Dos Colecionadores e Caçadores
Art. 32. O Porte de Trânsito das armas de fogo de colecionadores e
caçadores será expedido pelo Comando do Exército.
Parágrafo único. Os colecionadores e caçadores transportarão suas
armas desmuniciadas.
Subseção III
Dos Integrantes e das Instituições
Mencionadas no Art. 6o da
Lei no 10.826, de 2003
Art. 33. O Porte de Arma de Fogo é deferido aos militares das Forças
Armadas, aos policiais federais e estaduais e do Distrito Federal, civis e militares, aos
Corpos de Bombeiros Militares, bem como aos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal em razão do desempenho de suas funções institucionais.
§ 1o O Porte de Arma de Fogo das praças das Forças
Armadas e dos Policiais e Corpos de Bombeiros Militares é regulado em norma específica,
por atos dos Comandantes das Forças Singulares e dos Comandantes-Gerais das
Corporações.
§ 2o Os integrantes das polícias civis estaduais e das
Forças Auxiliares, quando no exercício de suas funções institucionais ou em trânsito,
poderão portar arma de fogo fora da respectiva unidade federativa, desde que
expressamente autorizados pela instituição a que pertençam, por prazo determinado,
conforme estabelecido em normas próprias.
Art. 33-A. A autorização para o porte de arma de fogo previsto em legislação própria, na forma do caput do art. 6o da Lei no 10.826, de 2003, está condicionada ao atendimento dos requisitos previstos no inciso III do caput do art. 4o da mencionada Lei. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 34. Os órgãos, instituições e corporações mencionados nos incisos I, II, III, V e VI do art. 6o
da Lei no 10.826, de 2003, estabelecerão, em normas próprias, os
procedimentos relativos às condições para a utilização das armas de fogo de sua
propriedade, ainda que fora do serviço.
Art. 34. Os órgãos, instituições e corporações mencionados nos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, estabelecerão, em normativos internos, os procedimentos relativos às condições para a utilização das armas de fogo de sua propriedade, ainda que fora do serviço. (Redação dada pelo Decreto nº 6.146, de 2007
§ 1o As instituições mencionadas no inciso IV do art. 6o da Lei
no 10.826, de 2003, estabelecerão em normas próprias os
procedimentos relativos às condições para a utilização, em serviço, das armas de
fogo de sua propriedade.
§ 2o As instituições, órgãos e corporações nos
procedimentos descritos no caput, disciplinarão as normas gerais de uso de arma de
fogo de sua propriedade, fora do serviço, quando se tratar de locais onde haja
aglomeração de pessoas, em virtude de evento de qualquer natureza, tais como no interior
de igrejas, escolas, estádios desportivos, clubes, públicos e privados.
§ 3o Os órgãos e instituições que
tenham os portes de arma de seus agentes públicos ou políticos estabelecidos em
lei própria, na forma do caput do art. 6o da Lei
no 10.826, de 2003, deverão encaminhar à Polícia Federal a
relação dos autorizados a portar arma de fogo, observando-se, no que couber, o
disposto no art. 26.
(Incluído
pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 4o Não será concedida a
autorização para o porte de arma de fogo de que trata o art. 22 a integrantes de
órgãos, instituições e corporações não autorizados a portar arma de fogo fora de
serviço, exceto se comprovarem o risco à sua integridade física, observando-se o
disposto no art. 11 da Lei no 10.826, de 2003.
(Incluído
pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 5o O porte de que tratam os
incisos V, VI e X do caput do art. 6o da Lei no
10.826, de 2003, e aquele previsto em lei própria, na forma do caput do
mencionado artigo, serão concedidos, exclusivamente, para defesa
pessoal, sendo vedado aos seus respectivos titulares o porte ostensivo
da arma de fogo.
(Incluído
pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 6o A vedação prevista no
parágrafo 5o não se aplica aos servidores designados
para execução da atividade fiscalizatória do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e do Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes.
(Incluído
pelo Decreto nº 6.817, de 2009)
Art. 35. Poderá ser autorizado, em casos excepcionais, pelo órgão
competente, o uso, em serviço, de arma de fogo, de propriedade particular do integrante
dos órgãos, instituições ou corporações mencionadas no inciso II do art. 6o da Lei
no 10.826, de 2003.
§ 1o A autorização mencionada no caput será
regulamentada em ato próprio do órgão competente.
§ 2o A arma de fogo de que trata este artigo deverá
ser conduzida com o seu respectivo Certificado de Registro.
Art. 35-A. As armas de fogo particulares de que trata o art. 35, e as institucionais não brasonadas, deverão ser conduzidas com o seu respectivo Certificado de Registro ou termo de cautela decorrente de autorização judicial para uso, sob pena de aplicação das sanções penais cabíveis. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 36. A capacidade técnica e a aptidão psicológica para o manuseio
de armas de fogo, para os integrantes das instituições descritas nos incisos III, IV, V, VI e VII do art. 6o
da Lei no 10.826, de 2003, serão atestadas pela própria
instituição, depois de cumpridos os requisitos técnicos e psicológicos estabelecidos
pela Polícia Federal.
Art. 36. A capacidade técnica e a aptidão psicológica para o manuseio de armas de fogo, para os integrantes das instituições descritas nos incisos III, IV, V, VI, VII e X do caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, serão atestadas pela própria instituição, depois de cumpridos os requisitos técnicos e psicológicos estabelecidos pela Polícia Federal. (Redação dada pelo Decreto nº 6.146, de 2007
Parágrafo único. Caberá a Polícia Federal avaliar a capacidade
técnica e a aptidão psicológica, bem como expedir o Porte de Arma de Fogo para os
guardas portuários.
Parágrafo único. Caberá à Polícia Federal expedir o Porte de Arma de Fogo para
os guardas portuários.
(Redação dada pelo
Decreto nº 8.935, de 2016)
Art. 37. Os integrantes das Forças Armadas e os servidores dos órgãos,
instituições e corporações mencionados no inciso II do art. 6o da Lei
no 10.826, de 2003, transferidos para a reserva remunerada ou
aposentados, para conservarem a autorização de Porte de Arma de Fogo de sua propriedade
deverão submeter-se, a cada três anos, aos testes de avaliação da aptidão
psicológica a que faz menção o inciso
III do art. 4o da Lei no 10.826, de 2003.
Art. 37. Os integrantes das Forças Armadas e os servidores dos órgãos,
instituições e corporações mencionados nos incisos II,
V,
VI e
VII do caput do
art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, transferidos para a
reserva remunerada ou aposentados, para conservarem a autorização de
porte de arma de fogo de sua propriedade deverão submeter-se, a cada
três anos, aos testes de avaliação da aptidão psicológica a que faz
menção o inciso III do caput art. 4º da Lei nº
10.826, de 2003.
(Redação dada pelo
Decreto nº 6.146, de 2007
Art. 37. Os integrantes das Forças Armadas e os
servidores dos órgãos, instituições e corporações mencionados nos incisos II,
V,
VI
e VII do caput do art.
6º da Lei nº 10.826, de 2003, transferidos para a
reserva remunerada ou aposentados, para conservarem a autorização de porte de
arma de fogo de sua propriedade deverão submeter-se, a cada cinco anos, aos
testes de avaliação psicológica a que faz menção o
inciso III do caput do art. 4º da Lei nº 10.826, de 2003
(Redação dada pelo
Decreto nº 8.935, de 2016)
§ 1o O cumprimento destes requisitos será atestado
pelas instituições, órgãos e corporações de vinculação.
§ 2o Não se aplicam aos integrantes da reserva não
remunerada das Forças Armadas e Auxiliares, as prerrogativas mencionadas no caput.
Subseção IV
Das Empresas de Segurança Privada e de
Transporte de Valores
Art. 38. A autorização para o uso de arma de fogo expedida pela Polícia
Federal, em nome das empresas de segurança privada e de transporte de valores, será
precedida, necessariamente, da comprovação do preenchimento de todos os requisitos
constantes do art. 4o da
Lei no 10.826, de 2003, pelos empregados autorizados a portar arma
de fogo.
§ 1o A autorização de que trata o caput é
válida apenas para a utilização da arma de fogo em serviço.
§ 2o Será encaminhada trimestralmente à Polícia
Federal, para registro no SINARM, a relação nominal dos empregados autorizados a portar
arma de fogo.
§ 2o As empresas de que trata o caput encaminharão, trimestralmente, à Polícia Federal, para cadastro no SINARM, a relação nominal dos empregados autorizados a portar arma de fogo. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 3o A transferência de armas de fogo, por qualquer
motivo, entre estabelecimentos da mesma empresa ou para empresa diversa, deverão ser
previamente autorizados pela Polícia Federal.
§ 4o Durante o trâmite do processo de transferência de armas de fogo de que trata o § 3o, a Polícia Federal poderá, em caráter excepcional, autorizar a empresa adquirente a utilizar as armas em fase de aquisição, em seus postos de serviço, antes da expedição do novo Certificado de Registro. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 39. É de responsabilidade das empresas de segurança privada e de
transportes de valores a guarda e armazenagem das armas, munições e acessórios de sua
propriedade, nos termos da legislação específica.
Parágrafo único. A perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de
arma de fogo, acessório e munições que estejam sob a guarda das empresas de segurança
privada e de transporte de valores deverá ser comunicada à Polícia Federal, no prazo
máximo de vinte e quatro horas, após a ocorrência do fato, sob pena de
responsabilização do proprietário ou diretor responsável.
Subseção V
Das guardas Municipais
Art. 40. Cabe ao Ministério da Justiça, diretamente ou mediante
convênio com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados ou Prefeituras, nos termos
do §3o do art. 6o
da Lei no 10.826, de 2003:
Art. 40. Cabe ao Ministério da Justiça, por intermédio da Polícia Federal, diretamente ou mediante convênio com os órgãos de segurança pública dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, nos termos do § 3o do art. 6o da Lei no 10.826, de 2003: (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
I - conceder autorização para o funcionamento dos cursos de formação de
guardas municipais;
II - fixar o currículo dos cursos de formação;
III - conceder Porte de Arma de Fogo;
IV - fiscalizar os cursos mencionados no inciso II; e
V - fiscalizar e controlar o armamento e a munição utilizados.
Parágrafo único. As competências previstas nos incisos I e II deste
artigo não serão objeto de convênio.
Art. 41. Compete ao Comando do Exército autorizar a aquisição de armas
de fogo e de munições para as Guardas Municipais.
Art. 42. O Porte de Arma de Fogo aos profissionais citados nos incisos III e IV, do art. 6o,
da Lei no 10.826, de 2003, será concedido desde que comprovada a
realização de treinamento técnico de, no mínimo, sessenta horas para armas de
repetição e cem horas para arma semi-automática.
§ 1o O treinamento de que trata o caput desse
artigo deverá ter, no mínimo, sessenta e cinco por cento de conteúdo prático.
§ 2o O curso de formação dos profissionais das
Guardas Municipais deverá conter técnicas de tiro defensivo e defesa pessoal.
§ 3o Os profissionais da Guarda Municipal deverão ser
submetidos a estágio de qualificação profissional por, no mínimo, oitenta horas ao
ano.
§ 4o Não será concedido aos profissionais das Guardas
Municipais Porte de Arma de Fogo de calibre restrito, privativos das forças policiais e
forças armadas.
Art. 43. O profissional da Guarda Municipal com Porte de Arma de Fogo
deverá ser submetido, a cada dois anos, a teste de capacidade psicológica e, sempre que
estiver envolvido em evento de disparo de arma de fogo em via pública, com ou sem
vítimas, deverá apresentar relatório circunstanciado, ao Comando da Guarda Civil e ao
Órgão Corregedor para justificar o motivo da utilização da arma.
Art. 44. A Polícia Federal poderá conceder Porte de Arma de Fogo, nos
termos no §3o do art.
6o, da Lei no 10.826, de 2003, às Guardas
Municipais dos municípios que tenham criado corregedoria própria e autônoma, para a
apuração de infrações disciplinares atribuídas aos servidores integrantes do Quadro
da Guarda Municipal.
Parágrafo único. A concessão a que se refere o caput dependerá,
também, da existência de Ouvidoria, como órgão permanente, autônomo e independente,
com competência para fiscalizar, investigar, auditorar e propor políticas de
qualificação das atividades desenvolvidas pelos integrantes das Guardas Municipais.
Art. 45. A autorização de Porte de Arma de Fogo pertencente às Guardas
Municipais terá validade somente nos limites territoriais do respectivo município.
(Revogado pelo Decreto nº 5.871, de
2006).
Parágrafo único. Poderá ser autorizado o Porte de Arma de Fogo para os
integrantes das Guardas Municipais previstos no inciso III do art. 6o da
Lei no 10.826, de 2003, nos deslocamentos para sua residência,
quando esta estiver localizada em outro município.
(Revogado pelo Decreto nº 5.871, de
2006).
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, FINAIS E
TRANSITÓRIAS
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 46. O Ministro da Justiça designará as autoridades policiais
competentes, no âmbito da Polícia Federal, para autorizar a aquisição e conceder o
Porte de Arma de Fogo, que terá validade máxima de cinco anos.
Art. 47. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios com os
Estados e o Distrito Federal para possibilitar a integração, ao SINARM, dos acervos
policiais de armas de fogo já existentes, em cumprimento ao disposto no inciso VI do art. 2o da Lei
no 10.826, de 2003.
Art. 47. O Ministério da Justiça, por intermédio da Polícia Federal, poderá celebrar convênios com os órgãos de segurança pública dos Estados e do Distrito Federal para possibilitar a integração, ao SINARM, dos acervos policiais de armas de fogo já existentes, em cumprimento ao disposto no inciso VI do art. 2o da Lei no 10.826, de 2003. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 48. Compete ao Ministério da Defesa e ao Ministério da Justiça:
I - estabelecer as normas de segurança a serem observadas pelos prestadores de
serviços de transporte aéreo de passageiros, para controlar o embarque de passageiros
armados e fiscalizar o seu cumprimento;
II - regulamentar as situações excepcionais do interesse da ordem pública,
que exijam de policiais federais, civis e militares, integrantes das Forças Armadas e
agentes do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da República, o Porte de Arma de Fogo a bordo de aeronaves; e
III - estabelecer, nas ações preventivas com vistas à segurança da aviação
civil, os procedimentos de restrição e condução de armas por pessoas com a
prerrogativa de Porte de Arma de Fogo em áreas restritas aeroportuárias, ressalvada a
competência da Polícia Federal, prevista no inciso III do §1o
do art. 144 da Constituição.
Parágrafo único. As áreas restritas aeroportuárias são aquelas
destinadas à operação de um aeroporto, cujos acessos são controlados, para os fins de
segurança e proteção da aviação civil.
Art. 49. A classificação legal, técnica e geral e a definição das
armas de fogo e demais produtos controlados, de uso restrito ou permitido são as
constantes do Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados e sua legislação
complementar.
Parágrafo único. Compete ao Comando do Exército promover a alteração
do Regulamento mencionado no caput, com o fim de adequá-lo aos termos deste
Decreto.
Art. 50. Compete, ainda, ao Comando do Exército:
I - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de armas, munições e
demais produtos controlados, em todo o território nacional;
II - estabelecer as dotações em armamento e munição das corporações e
órgãos previstos nos incisos II, III,
IV, V, VI e VII do art. 6o da Lei no 10.826, de 2003;
e
III - estabelecer normas, ouvido o Ministério da Justiça, em cento e oitenta
dias:
a) para que todas as munições estejam acondicionadas em embalagens com sistema de
código de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificação do fabricante
e do adquirente;
b) para que as munições comercializadas para os órgãos referidos no art. 6o da Lei no
10.826, de 2003, contenham gravação na base dos estojos que permita identificar o
fabricante, o lote de venda e o adquirente;
c) para definir os dispositivos de segurança e identificação previstos no §3o do art. 23 da Lei no
10.826, de 2003; e
IV - expedir regulamentação específica para o controle da fabricação,
importação, comércio, trânsito e utilização de simulacros de armas de fogo, conforme
o art. 26 da Lei no
10.826, de 2003.
Art. 51. A importação de armas de fogo, munições e acessórios de uso
restrito está sujeita ao regime de licenciamento não-automático prévio ao embarque da
mercadoria no exterior e dependerá da anuência do Comando do Exército.
§ 1o A autorização é concedida por meio do
Certificado Internacional de Importação.
§ 2o A importação desses produtos somente será
autorizada para os órgãos de segurança pública e para colecionadores, atiradores e
caçadores nas condições estabelecidas em normas específicas.
Art. 52. Os interessados pela importação de armas de fogo, munições e
acessórios, de uso restrito, ao preencherem a Licença de Importação no Sistema
Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX, deverão informar as características
específicas dos produtos importados, ficando o desembaraço aduaneiro sujeito à
satisfação desse requisito.
Art. 53. As importações realizadas pelas Forças Armadas dependem de
autorização prévia do Ministério da Defesa e serão por este controladas.
Art. 54. A importação de armas de fogo, munições e acessórios de uso
permitido e demais produtos controlados está sujeita, no que couber, às condições
estabelecidas nos arts. 51 e 52 deste Decreto.
Art. 55. A Secretaria da Receita Federal e o Comando do Exército
fornecerão à Polícia Federal, as informações relativas às importações de que trata
o art. 54 e que devam constar do cadastro de armas do SINARM.
Art. 56. O Comando do Exército poderá autorizar a entrada temporária no
país, por prazo definido, de armas de fogo, munições e acessórios para fins de
demonstração, exposição, conserto, mostruário ou testes, mediante requerimento do
interessado ou de seus representantes legais ou, ainda, das representações diplomáticas
do país de origem.
§ 1o A importação sob o regime de admissão
temporária deverá ser autorizada por meio do Certificado Internacional de Importação.
§ 2o Terminado o evento que motivou a importação, o
material deverá retornar ao seu país de origem, não podendo ser doado ou vendido no
território nacional, exceto a doação para os museus das Forças Armadas e das
instituições policiais.
§ 3o A Receita Federal fiscalizará a entrada e saída
desses produtos.
§ 4o O desembaraço alfandegário das armas e
munições trazidas por agentes de segurança de dignitários estrangeiros, em visita ao
país, será feito pela Receita Federal, com posterior comunicação ao Comando do
Exército.
Art. 57. Fica vedada a importação de armas de fogo, seus acessórios e
peças, de munições e seus componentes, por meio do serviço postal e similares.
Parágrafo único. Fica autorizada, em caráter excepcional, a
importação de peças de armas de fogo, com exceção de armações, canos e ferrolho,
por meio do serviço postal e similares.
Art. 58. O Comando do Exército autorizará a exportação de armas,
munições e demais produtos controlados.
§ 1o A autorização das exportações enquadradas nas
diretrizes de exportação de produtos de defesa rege-se por legislação específica, a
cargo do Ministério da Defesa.
§ 2o Considera-se autorizada a exportação quando
efetivado o respectivo Registro de Exportação, no Sistema de Comércio Exterior -
SISCOMEX.
Art. 59. O exportador de armas de fogo, munições ou demais produtos
controlados deverá apresentar como prova da venda ou transferência do produto, um dos
seguintes documentos:
I - Licença de Importação (LI), expedida por autoridade competente do país
de destino; ou
II - Certificado de Usuário Final (End User), expedido por autoridade
competente do país de destino, quando for o caso.
Art. 60. As exportações de armas de fogo, munições ou demais produtos
controlados considerados de valor histórico somente serão autorizadas pelo Comando do
Exército após consulta aos órgãos competentes.
Parágrafo único. O Comando do Exército estabelecerá, em normas específicas, os
critérios para definição do termo "valor histórico".
Art. 61. O Comando do Exército cadastrará no SIGMA os dados relativos
às exportações de armas, munições e demais produtos controlados, mantendo-os
devidamente atualizados.
Art. 62. Fica vedada a exportação de armas de fogo, de seus acessórios
e peças, de munição e seus componentes, por meio do serviço postal e similares.
Art. 63. O desembaraço alfandegário de armas e munições, peças e
demais produtos controlados será autorizado pelo Comando do Exército.
Parágrafo único. O desembaraço alfandegário de que trata este artigo abrange:
I - operações de importação e exportação, sob qualquer regime;
II - internação de mercadoria em entrepostos aduaneiros;
III - nacionalização de mercadoria entrepostadas;
IV - ingresso e saída de armamento e munição de atletas brasileiros e
estrangeiros inscritos em competições nacionais ou internacionais;
V - ingresso e saída de armamento e munição;
VI - ingresso e saída de armamento e munição de órgãos de segurança
estrangeiros, para participação em operações, exercícios e instruções de natureza
oficial; e
VII - as armas de fogo, munições, suas partes e peças, trazidos como bagagem
acompanhada ou desacompanhada.
Art. 64. O desembaraço alfandegário de armas de fogo e munição somente
será autorizado após o cumprimento de normas específicas sobre marcação, a cargo do
Comando do Exército.
Art. 65. As armas de fogo, acessórios ou munições mencionados no art. 25 da Lei no 10.826, de
2003, serão encaminhados, no prazo máximo de quarenta e oito horas, ao Comando do
Exército, para destruição, após a elaboração do laudo pericial e desde que não mais
interessem ao processo judicial.
§ 1o É vedada a doação, acautelamento ou qualquer
outra forma de cessão para órgão, corporação ou instituição, exceto as doações de
arma de fogo de valor histórico ou obsoletas para museus das Forças Armadas ou das
instituições policiais.
§ 2o As armas brasonadas ou quaisquer outras de uso
restrito poderão ser recolhidas ao Comando do Exército pela autoridade competente, para
sua guarda até ordem judicial para destruição.
§ 3o As armas apreendidas poderão ser devolvidas pela
autoridade competente aos seus legítimos proprietários se presentes os requisitos do art. 4o da Lei no
10.826, de 2003.
§ 4o O Comando do Exército designará as
Organizações Militares que ficarão incumbidas de destruir as armas que lhe forem
encaminhadas para esse fim, bem como incluir este dado no respectivo Sistema no qual foi
cadastrada a arma.
Art. 65. As armas de fogo apreendidas, observados os procedimentos relativos à elaboração do laudo pericial e quando não mais interessarem à persecução penal, serão encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do Exército, no prazo máximo de quarenta e oito horas, para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas. (Redação dada pelo Decreto nº 8.938, de 2016)
§ 1º A doação de que trata este artigo
restringe-se às armas de fogo portáteis previstas no art. 3º,
caput, incisos XXXVII, XLIX, LIII e LXI, do Anexo ao Decreto nº
3.665, de 20 de novembro de 2000 - Regulamento para a Fiscalização de
Produtos Controlados (R-105).
(Redação dada pelo
Decreto nº 8.938, de 2016)
§ 2º Os órgãos de segurança pública ou
das Forças Armadas responsáveis pela apreensão manifestarão interesse pelas
armas de fogo de que trata o § 1º, respectivamente, ao Ministério da
Justiça e Cidadania ou ao Comando do Exército, no prazo de até dez dias,
contado da data de envio das armas ao Comando do Exército, na forma prevista
no caput.
(Redação dada pelo
Decreto nº 8.938, de 2016)
§ 3º A relação das armas a serem doadas e
a indicação das instituições beneficiárias serão elaboradas, desde que:
(Redação dada pelo
Decreto nº 8.938, de 2016)
I - verificada a necessidade de destinação do
armamento;
(Redação dada pelo
Decreto nº 8.938, de 2016)
II - obedecidos o padrão e a dotação de cada órgão; e (Redação dada pelo Decreto nº 8.938, de 2016)
III - atendidos os critérios de priorização estabelecidos pelo Ministério da Justiça e Cidadania, nos termos do § 1º do art. 25 da Lei nº 10.826, de 2003. (Redação dada pelo Decreto nº 8.938, de 2016)
§ 4º Os critérios de que trata o inciso III do § 3º deverão considerar a priorização de atendimento ao órgão que efetivou a apreensão. (Redação dada pelo Decreto nº 8.938, de 2016)
§ 5º A análise da presença dos requisitos
estabelecidos no § 3º será realizada no prazo de até cinco dias,
contado da data de manifestação de interesse de que trata o § 2º,
pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e
Cidadania, caso a manifestação tenha sido apresentada pelos órgãos de
segurança pública, ou pelo Comando do Exército, caso a manifestação tenha
sido apresentada pelas Forças Armadas.
(Incluído pelo
Decreto nº 8.938, de 2016)
§ 6º Cumpridos os requisitos de que trata
o § 3º, o Comando do Exército encaminhará, no prazo de até vinte
dias, a relação das armas ao juiz competente, que determinará o seu
perdimento em favor da instituição beneficiária.
(Incluído pelo
Decreto nº 8.938, de 2016)
§ 7º Na hipótese de não haver
manifestação expressa do órgão que realizou a apreensão das armas de que
trata o § 1º, os demais órgãos de segurança pública ou das Forças
Armadas poderão manifestar interesse pelas armas, no prazo de trinta dias,
contado da data de recebimento do relatório a que se refere o
art. 25, § 1º,
da Lei nº 10.826, de 2003, cabendo-lhes encaminhar pedido de doação
ao Comando do Exército.
(Incluído pelo
Decreto nº 8.938, de 2016)
§ 8º O Comando do Exército apreciará o
pedido de doação de que trata o § 7º, observados os requisitos
estabelecidos no § 3º, e encaminhará, no prazo de sessenta dias,
contado da data de divulgação do relatório a que se refere o art. 25, § 1º,
da Lei nº 10.826, de 2003, a relação das armas a serem doadas, para
que o juiz competente determine o seu perdimento, nos termos do § 6º.
(Incluído pelo
Decreto nº 8.938, de 2016)
§ 9º As armas de fogo de valor histórico
ou obsoletas, objetos de doação nos termos deste artigo, poderão ser
destinadas pelo juiz competente a museus das Forças Armadas ou de
instituições policiais, indicados pelo Comando do Exército.
(Incluído pelo
Decreto nº 8.938, de 2016)
§ 10. As armas de fogo de uso permitido
apreendidas poderão ser devolvidas pela autoridade competente aos seus
legítimos proprietários se cumpridos os requisitos estabelecidos no
art. 4º
da Lei nº 10.826, de 2003.
(Incluído pelo
Decreto nº 8.938, de 2016)
§ 11. A decisão sobre o destino final das armas
de fogo não doadas nos termos deste Decreto caberá ao Comando do Exército,
que deverá concluir pela sua destruição ou pela doação às Forças Armadas.
(Incluído pelo
Decreto nº 8.938, de 2016)
§ 12. Ato conjunto do Ministro de Estado da
Defesa e do Ministro de Estado da Justiça e Cidadania disciplinará o
procedimento de doação de munições e acessórios apreendidos.
(Incluído pelo
Decreto nº 8.938, de 2016)
Art. 66. A solicitação de informações sobre a origem de armas de fogo,
munições e explosivos deverá ser encaminhada diretamente ao órgão controlador da
Polícia Federal ou do Comando do Exército.
Art. 67. Nos casos de falecimento ou interdição do proprietário de arma
de fogo, o administrador da herança ou curador, conforme o caso, deverá providenciar a
transferência da propriedade da arma, mediante alvará judicial, aplicando-se ao herdeiro
ou interessado na aquisição, as disposições do art. 12 deste Decreto.
Art. 67. No caso
de falecimento ou interdição do proprietário de arma de fogo, o administrador da
herança ou curador, conforme o caso, deverá providenciar a transferência da
propriedade da arma mediante alvará judicial ou autorização firmada por todos os
herdeiros, desde que maiores e capazes, aplicando-se ao herdeiro ou interessado
na aquisição as disposições do art. 12.
(Redação dada pelo
Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 1o O administrador da herança ou o curador
comunicará ao SINARM ou ao SIGMA, conforme o caso, a morte ou interdição do
proprietário da arma de fogo.
§ 1o O administrador da herança ou
o curador comunicará à Polícia Federal ou ao Comando do Exército, conforme o
caso, a morte ou interdição do proprietário da arma de fogo.
(Redação dada pelo
Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 2o Nos casos previstos no caput deste artigo,
a arma deverá permanecer sob a guarda e responsabilidade do administrador da herança ou
curador, depositada em local seguro, até a expedição do Certificado de Registro e
entrega ao novo proprietário.
§ 3o A inobservância do disposto no §2o
deste artigo implicará na apreensão da arma pela autoridade competente aplicando-se ao
administrador da herança ou ao curador, as disposições do art. 13 da Lei no 10.826, de
2003.
§ 3o A inobservância do disposto no § 2o implicará a apreensão da arma pela autoridade competente, aplicando-se ao administrador da herança ou ao curador as sanções penais cabíveis. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 67-A. Serão cassadas as autorizações de posse e de porte de arma de fogo do titular a quem seja imputada a prática de crime doloso. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 1o Nos casos previstos no
caput, o proprietário deverá entregar a arma de fogo à Polícia Federal,
mediante indenização na forma do art. 68, ou providenciar sua transferência no
prazo máximo de sessenta dias, aplicando-se, ao interessado na aquisição, as
disposições do art. 4o da Lei no 10.826, de
2003. (Incluído
pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 2o A cassação da autorização de
posse ou de porte de arma de fogo será determinada a partir do indiciamento do
investigado no inquérito policial ou do recebimento da denúncia ou queixa pelo
juiz. (Incluído
pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 3o Aplica-se
o disposto neste artigo a todas as armas de fogo de propriedade do
indiciado ou acusado.
(Incluído
pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 67-B. No caso do não-atendimento dos requisitos previstos no art. 12, para a renovação do Certificado de Registro da arma de fogo, o proprietário deverá entregar a arma à Polícia Federal, mediante indenização na forma do art. 68, ou providenciar sua transferência para terceiro, no prazo máximo de sessenta dias, aplicando-se, ao interessado na aquisição, as disposições do art. 4o da Lei no 10.826, de 2003. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Parágrafo único. A inobservância do disposto no
caput implicará a apreensão da arma de fogo pela Polícia Federal
ou órgão público por esta credenciado, aplicando-se ao proprietário as
sanções penais cabíveis.
(Incluído
pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 67-C. Quaisquer cadastros constantes do SIGMA
ou do SINARM, na hipótese em que estiverem relacionados com integrantes
da Agência Brasileira de Inteligência, deverão possuir exclusivamente o
número de matrícula funcional como dado de qualificação pessoal,
incluídos os relativos à aquisição e à venda de armamento e à
comunicação de extravio, furto ou roubo de arma de fogo ou seus
documentos.
(Incluído
pelo Decreto nº 9.685, de 2019)
Seção II
Das Disposições Finais e Transitórias
Art. 68. O valor da indenização de que tratam os arts. 31 e 32 da Lei no 10.826, de 2003,
bem como o procedimento para pagamento, será fixado pelo Ministério da Justiça.
Parágrafo único. Os recursos financeiros necessários para o cumprimento
do disposto nos arts. 31 e 32 da Lei no 10.826, de 2003,
serão custeados por dotação específica constante do orçamento do Departamento de
Polícia Federal.
Parágrafo único. Os recursos financeiros necessários para
o cumprimento do disposto nos
arts. 31 e
32 da Lei nº 10.826,
de 2003, serão custeados por dotação específica constante do orçamento do
Ministério da Justiça.
(Redação dada pelo
Decreto nº 7.473, de 2011)
Art. 69. Presumir-se-á a boa-fé dos possuidores e proprietários de
armas de fogo que se enquadrem na hipótese do art. 32 da Lei no 10.826, de
2003, se não constar do SINARM qualquer registro que aponte a origem ilícita da
arma.
Art. 69. Presumir-se-á a boa-fé dos possuidores e proprietários de armas de fogo que espontaneamente entregá-las na Polícia Federal ou nos postos de recolhimento credenciados, nos termos do art. 32 da Lei no 10.826, de 2003. (Redação dada pelo Decreto nº 7.473, de 2011)
Art. 70. A entrega da arma de fogo, acessório ou munição, de que tratam
os arts. 31 e 32 da Lei no 10.826, de 2003,
deverá ser feita na Polícia Federal ou em órgãos por ela credenciados.
Art. 70. A entrega da arma de
fogo, acessório ou munição, de que tratam os arts. 31 e 32 da Lei nº
10.826, de 2003, deverá ser feita na Polícia Federal ou nos órgãos e entidades
credenciados pelo Ministério da Justiça.
(Redação dada pelo
Decreto nº 7.473, de 2011)
§ 1o Para o transporte da arma de fogo até o local de entrega, será exigida guia de trânsito expedida pela Polícia Federal, ou órgão por ela credenciado, que contenha a especificação mínima dos dados da arma, de seu possuidor, o percurso autorizado e o prazo de validade, que não poderá ser superior ao necessário para o deslocamento da arma do local onde se encontra até a unidade responsável por seu recebimento. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 1o Para o transporte da arma de fogo até o local de entrega, será exigida guia de trânsito, expedida pela Polícia Federal, ou órgão por ela credenciado, contendo as especificações mínimas estabelecidas pelo Ministério da Justiça. (Redação dada pelo Decreto nº 7.473, de 2011)
§ 2o A guia de trânsito poderá ser expedida pela rede mundial de computadores - Internet, na forma disciplinada pelo Departamento de Polícia Federal. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 3o A guia de trânsito não autoriza o porte da arma, mas apenas o seu transporte, desmuniciada e acondicionada de maneira que não possa ser feito o seu pronto uso e, somente, no percurso nela autorizado. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 4o O transporte da arma de fogo sem a guia de trânsito ou o transporte com a guia, mas sem a observância do que nela estiver estipulado, poderá sujeitar o infrator às sanções penais cabíveis. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 70-A. Para o registro da arma de fogo de uso permitido ainda não registrada de que trata o art. 30 da Lei no 10.826, de 2003, deverão ser apresentados pelo requerente os documentos previstos no art. 70-C e original e cópia, ou cópia autenticada, da nota fiscal de compra ou de comprovação da origem lícita da posse, pelos meios de prova admitidos em direito, ou declaração firmada na qual constem as características da arma e a sua condição de proprietário. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 70-B. Para a renovação do Certificado de Registro de Arma de Fogo de que trata o § 3o do art. 5o da Lei no 10.826, de 2003, deverão ser apresentados pelo requerente os documentos previstos no art. 70-C e cópia do referido Certificado ou, se for o caso, do boletim de ocorrência comprovando o seu extravio. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 70-C. Para a renovação do Certificado de Registro de Arma de Fogo ou para o registro da arma de fogo de que tratam, respectivamente, o § 3o do art. 5o e o art. 30 da Lei no 10.826, de 2003, o requerente deverá: (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
I - ter, no mínimo, vinte e cinco anos de idade; (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
II - apresentar originais e cópias, ou cópias autenticadas, do documento de identificação pessoal e do comprovante de residência fixa; (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
III - apresentar o formulário SINARM devidamente preenchido; e (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
IV - apresentar o certificado de registro
provisório e comprovar os dados pessoais informados, caso o procedimento tenha
sido iniciado pela rede mundial de computadores - Internet.
(Incluído
pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 1o O procedimento de registro da arma de fogo, ou sua renovação, poderá ser iniciado por meio do preenchimento do formulário SINARM na rede mundial de computadores - Internet, cujo comprovante de preenchimento impresso valerá como certificado de registro provisório, pelo prazo de noventa dias. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 2o No ato do preenchimento do formulário pela rede mundial de computadores - Internet, o requerente deverá escolher a unidade da Polícia Federal, ou órgão por ela credenciado, na qual entregará pessoalmente a documentação exigida para o registro ou renovação. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 3o Caso o requerente deixe de apresentar a documentação exigida para o registro ou renovação na unidade da Polícia Federal, ou órgão por ela credenciado, escolhida dentro do prazo de noventa dias, o certificado de registro provisório, que será expedido pela rede mundial de computadores - Internet uma única vez, perderá a validade, tornando irregular a posse da arma. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 4o No caso da perda de validade do certificado de registro provisório, o interessado deverá se dirigir imediatamente à unidade da Polícia Federal, ou órgão por ela credenciado, para a regularização de sua situação. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 5o Aplica-se o disposto no art. 70-B à renovação dos registros de arma de fogo cujo certificado tenha sido expedido pela Polícia Federal, inclusive aqueles com vencimento até o prazo previsto no § 3o do art. 5o da Lei no 10.826, de 2003, ficando o proprietário isento do pagamento de taxa nas condições e prazos da Tabela constante do Anexo à referida Lei. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 6o Nos requerimentos de registro ou de renovação de Certificado de Registro de Arma de Fogo em que se constate a existência de cadastro anterior em nome de terceiro, será feita no SINARM a transferência da arma para o novo proprietário. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 7o Nos requerimentos de registro ou de renovação de Certificado de Registro de Arma de Fogo em que se constate a existência de cadastro anterior em nome de terceiro e a ocorrência de furto, roubo, apreensão ou extravio, será feita no SINARM a transferência da arma para o novo proprietário e a respectiva arma de fogo deverá ser entregue à Polícia Federal para posterior encaminhamento à autoridade policial ou judicial competente. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 8o No caso do requerimento de renovação do Certificado de Registro de que trata o § 6o, além dos documentos previstos no art. 70-B, deverá ser comprovada a origem lícita da posse, pelos meios de prova admitidos em direito, ou, ainda, apresentada declaração firmada na qual constem as características da arma e a sua condição de proprietário. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 9o Nos casos previstos neste artigo, além dos dados de identificação do proprietário, o Certificado de Registro provisório e o definitivo deverão conter, no mínimo, o número de série da arma de fogo, a marca, a espécie e o calibre. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 70-D. Não se aplicam as disposições do § 6o do art. 70-C às armas de fogo cujos Certificados de Registros tenham sido expedidos pela Polícia Federal a partir da vigência deste Decreto e cujas transferências de propriedade dependam de prévia autorização. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 70-E. As armas de fogo entregues na campanha do desarmamento não serão submetidas a perícia, salvo se estiverem com o número de série ilegível ou houver dúvidas quanto à sua caracterização como arma de fogo, podendo, nesse último caso, serem submetidas a simples exame de constatação. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Parágrafo único. As armas de fogo de que trata o caput serão, obrigatoriamente, destruídas. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 70-F. Não poderão ser registradas ou terem seu registro renovado as armas de fogo adulteradas ou com o número de série suprimido. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008)
Parágrafo único. Nos prazos previstos nos arts. 5o, § 3o, e 30 da Lei no10.826, de 2003, as armas de que trata o caput serão recolhidas, mediante indenização, e encaminhadas para destruição. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 70-G. Compete ao Departamento de Polícia
Federal estabelecer os procedimentos necessários à execução da campanha
do desarmamento e de regularização de armas de fogo.
(Incluído
pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 70-G. Compete
ao Ministério da Justiça estabelecer os procedimentos necessários à
execução da campanha do desarmamento e ao Departamento de Polícia
Federal a regularização de armas de fogo.
(Redação
dada pelo Decreto nº 7.473, de 2011)
Art. 70-H. As disposições sobre entrega de armas de que tratam os arts. 31 e 32 da Lei no 10.826, de 2003, não se aplicam às empresas de segurança privada e transporte de valores. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 71. Será aplicada pelo órgão competente pela fiscalização multa
no valor de:
I - R$ 100.000,00 (cem mil reais):
a) à empresa de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial ou
lacustre que permita o transporte de arma de fogo, munição ou acessórios, sem a devida
autorização, ou com inobservância das normas de segurança; e
b) à empresa de produção ou comércio de armamentos que realize publicidade
estimulando a venda e o uso indiscriminado de armas de fogo, acessórios e munição,
exceto nas publicações especializadas;
II - R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), sem prejuízo das sanções penais
cabíveis:
a) à empresa de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial ou
lacustre que deliberadamente, por qualquer meio, faça, promova ou facilite o transporte
de arma ou munição sem a devida autorização ou com inobservância das normas de
segurança; e
b) à empresa de produção ou comércio de armamentos, na reincidência da hipótese
mencionada no inciso I, alínea "b"; e
III - R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), sem prejuízo das sanções penais
cabíveis, na hipótese de reincidência da conduta prevista na alínea "a", do
inciso I, e nas alíneas "a" e "b", do inciso II.
Art. 72. A empresa de segurança e de transporte de valores ficará
sujeita às penalidades de que trata o art. 23 da
Lei no 7.102, de 20 de junho de 1983, quando deixar de apresentar,
nos termos do art. 7o,
§§ 2o e 3o, da Lei no 10.826, de
2003:
I - a documentação comprobatória do preenchimento dos requisitos constantes
do art. 4o da Lei no
10.826, de 2003, quanto aos empregados que portarão arma de fogo; ou
II - semestralmente, ao SINARM, a listagem atualizada de seus empregados.
Art. 73. Não serão cobradas as taxas previstas no art. 11 da Lei no 10.826, de
2003, dos integrantes dos órgãos mencionados nos incisos I, II, III, IV, V, VI e VII
do art. 6o.
(Redação dada pelo
Decreto nº 6.146, de 2007
§ 1o Será isento do pagamento das taxas mencionadas no
caput, o "caçador de subsistência" assim reconhecido nos termos do art.
27 deste Decreto.
(Redação dada pelo
Decreto nº 6.146, de 2007
§ 2o A isenção das taxas para os integrantes dos
órgãos mencionados no caput, quando se tratar de arma de fogo de propriedade
particular, restringir-se-á a duas armas.
(Redação dada pelo
Decreto nº 6.146, de 2007
Art. 74. Os recursos arrecadados em razão das taxas e das sanções
pecuniárias de caráter administrativo previstas neste Decreto serão aplicados na forma
prevista no § 1o do
art. 11 da Lei no 10.826, de 2003.
Parágrafo único. As receitas destinadas ao SINARM serão recolhidas ao
Banco do Brasil S.A., na conta "Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das
Atividades-Fim da Polícia Federal".
Parágrafo único. As receitas destinadas ao SINARM serão recolhidas ao Banco do Brasil S.A., na conta “Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal”, e serão alocadas para o reaparelhamento, manutenção e custeio das atividades de controle e fiscalização da circulação de armas de fogo e de repressão a seu tráfico ilícito, a cargo da Polícia Federal. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 75. Serão concluídos em sessenta dias, a partir da publicação
deste Decreto, os processos de doação, em andamento no Comando do Exército, das armas
de fogo apreendidas e recolhidas na vigência da Lei no
9.437, de 20 de fevereiro de 1997.
Art. 76. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 77. Ficam revogados os Decretos nos 2.222, de 8 de maio de
1997, 2.532, de 30 de março de 1998, e 3.305, de 23 de dezembro de 1999.
Brasília, 1º de julho de 2004; 183º da Independência e 116º
da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Márcio Thomaz Bastos
José Viegas Filho
Este texto não substitui o publicado no
DOU de 2.7.2004
*